Google Analytics

MUR: Um Sonho de Amor para o mundo e minha vocação

Fanny Gama
Minha trajetória no Ministério Universidades Renovadas eu diria que Deus já foi traçando desde meu primeiro dia num grupo de oração que frequento na minha paróquia, que hoje é uma comunidade de aliança, da qual também já fiz parte até antes de reconhecer que meu verdadeiro chamado é para a evangelização de universitários e profissionais.

Lembro que a primeira palavra que chegou para mim, pela pessoa que me acolheu no grupo foi: "Fé e Razão andam juntas... No momento certo você vai entender". Caros irmãos, aquilo deu um verdadeiro nó na minha cabeça, mas um nó que desatariam todos os outros. Foi uma confusão boa que me trouxe a salvação a partir dali. Hoje, acho graça quando lembro como eu me senti naquele momento.

Estranhei muito quando o pessoal estava orando em línguas e me perguntava: "como eles fazem isso?". Depois cheguei a conversar com algumas pessoas, perguntando se era preciso fazer algum curso ou preparação para "aprender a falar em línguas". Aí foi quando me disseram: "Não, Fanny, isso se dá pelo Espírito Santo. O dom das línguas vem do Espírito Santo". Deste momento em diante, comecei a abrir cada vez mais meu coração e dá livre acesso ao Senhor Jesus, um Deus de Amor e Ciência.

Meus “muros de Berlim” – Fé e Razão – foram formando uma só civilização, e o que estava separado foi se integrando pela unção do Espírito. Olhando para trás, vejo que não merecia tanto de Deus, mas Ele é bom demais e sempre nos acolhe no momento em que estivermos prontos para Ele. Assim, fui me encontrando também quanto ao meu ministério – o Ministério da Intercessão.

Comecei a servir na RCC e no grupo de oração, até que um dia o coordenador do grupo de oração, atual coordenador da Comunidade de Aliança Missão Rosa Mística, Luís Fernando, divulgou no grupo um encontro que estava para acontecer entre os dias 22 a 24 de agosto de 2008, o III ENCONTRO ESTADUAL DAS UNIVERSIDADES RENOVADAS DE ALAGOAS, em Penedo/AL, com o tema: "Escolhe, pois, a vida". Senti meu coração bater forte na hora, sem entender ao certo o porquê daquela sensação e fui me deixando levar pela ideia. Jesus me atraiu para esse encontro como nada que se possa comparar neste mundo. 

Então, assim que eu soube do EEUR, não hesitei e fiz logo minha inscrição no mesmo dia, já com aquela boa expectativa do encontro no meu coração que só a fé pode explicar em sua essência. Era como se algo me falasse que lá eu sentiria a presença do Senhor de forma mais concreta que nunca, era o meu reencontro com meu amigo de infância e todas as horas, Jesus Cristo, incrivelmente lindo, que eu havia deixado de lado, por seis anos, e passado a dar mais atenção aos teóricos da ciência, pecadores como todos nós.

Chegando perto do dia da viagem fui me trabalhando em psicoterapia para o encontro, as ansiedades, dúvidas, e as crenças. Foi muito bom e providencial também essa preparação. Lembro que eu temia não me adaptar a um ambiente com tantas pessoas diferentes, dividir espaços, enfrentar filas para comer e tomar banho, dentre outras coisas, tendo em vista minha experiência da faculdade de conviver com tantas diferenças. Todavia, também me preparei para as coisas boas – a oportunidade de conhecer pessoas novas, de exercitar a humildade, o respeito pelo próximo e de todo crescimento espiritual que eu já sentia que iria ocorrer.

Dia 22 de agosto de 2008, parti numa excursão para Penedo/AL com vários estudantes, profissionais, de várias instituições de ensino superior e com membros do Ministério das Universidades Renovadas (MUR). Lembro que antes de eu sair de casa aconteceu algo inusitado: perdi meu anel de formatura! Foi algo que me deixou um tanto incomodada, pois na minha mentalidade daquele momento eu não queria estar entre universitários "sem o meu anel", podem acreditar. Aí foi quando Jesus começou a trabalhar isso em mim, sem eu saber, claro. Eu atribuía a ele um valor simbólico muito grande, pois era a prova do "estar formada" para que todos vissem. Naquele momento, isso tinha uma importância enorme para mim, mas que foi transformado lá mesmo no encontro.  Lembro que, no segundo dia do encontro, participei de um workshop para profissionais, maravilhoso por sinal, em que Jesus tocou em mim para testemunhar desde já isso (a perda do anel) diante dos participantes. Depois algumas pessoas vieram falar comigo, pois se sentiram tocadas pelo meu testemunho e, uma delas inclusive, ainda tenho como um exemplo no ministério, Fabrícia Caldas/GPP. 

No EEUR, pude conhecer pessoas ungidas pelo Espírito Santo de Deus, que hoje são meus amigos queridos, e muitos jovens que foram chamados a renovar a ciência cartesiana, fechada para a espiritualidade, para abrir as portas das universidades e instituições através da Boa Nova que Jesus quer levar a todos os corações.  Gente, o EEUR foi um céu na terra... Vocês conseguem imaginar uma sensação dessa, de plena paz e unção?! Unção de cura, ousadia, e multiplicação... Isso mesmo! Que estas palavras possam traduzir o que realmente aconteceu comigo, e o que sinto agora ao recordá-las. E, para minha surpresa, na segunda-feira após o encontro, o anel da formatura reapareceu! Eu tinha deixado na casa da minha prima e não me lembrava.

Eu só tenho agradecer a Deus por esse esquecimento proposital, porque foi para que tudo isso acontecesse. Ainda sobre as bênçãos do encontro, uma mudança grande que Deus operou em mim, pelo seu Poder mesmo, sem sugestão de ninguém, foi implantar em mim o desejo de ler a Bíblia, de aprofundar minha relação com Ele, conhecendo Sua Palavra. Gente, com toda sinceridade falo para vocês que, antes desse encontro, eu não tinha a menor paciência, nem interesse de ler o mínimo trecho que fosse do livro sagrado. Tudo que eu conhecia era dos jornais das missas e só. Mas, desde esse encontro, todos os dias, leio com prazer não apenas a liturgia, mas tudo o mais que necessito.  Durante o período da faculdade, eu adorava comprar livros de auto-ajuda, mas nenhum é tão completo e tão concreto quanto a Bíblia Sagrada, pelo menos para mim. Ela move as montanhas da nossa resistência, algumas vezes com boas inquietações, para mudar tudo – pensamentos, motivações, aspirações profissionais, interpessoais, etc.

Assim, continuando a caminhada com Jesus, ressalto a experiência que vivi num congresso estadual da RCC do Rio de Janeiro, numa viagem que fiz para a seleção de um mestrado, nos dias 15 e 16 de novembro deste mesmo ano.

Num momento de intensa oração, recebi uma visualização com uma profecia, enquanto eu conversava com Jesus, louvando e entregando minha vida a Ele. Eu estava bastante consciente nesse momento. Vi um rolo de papel com algumas escrituras, que se desdobrava na minha frente, enquanto um homem, que parecia ser Jesus, mas não sei se era, o segurava. Era como aquelas cartas de antigamente. Era um papel amarelado e as escrituras eram como se fossem escritas com aquelas canetas de pena, antigas. Fiquei sem entender essa visão e perguntei para o Senhor: "O que queres dizer com isto?". Depois pedi o discernimento do Espírito para compreendê-la. Aí Jesus me deu duas palavras, bem evidentes na minha frente: CIÊNCIA E PALAVRA. Compreendi-as como sendo os dons necessários à missão que Ele estava me designando a partir disso. Ao longo do dia no congresso, recebi orientações que esclareceram mais isso que eu vi. Vieram como que falando de forma intuitiva, que eu precisaria escrever um livro que unisse concepções de fé e razão, e principalmente testemunhasse a minha experiência com relação a isso, colocando tudo o que vi, todas as revelações.

Foi sugerido que eu procurasse uma editora católica, pedisse apoio à RCC, para que eu fosse mais bem acolhida.

Dias depois, abrindo a Palavra de Deus, tive a confirmação dessa visão quando vi descrita no livro do profeta Jeremias, capítulo 36 (O Rolo Queimado) e também a encontrei em Ezequiel, capítulo 2 (Visão do Rolo). Alguns dias depois do congresso, conversei com Jesus sobre questões relativas ao financiamento dessa obra, aí Ele me colocou: "Você saberá quando chegar a hora... relate tudo o que viste".

Entrei em contato com algumas editoras católicas – Paulus, Paulinas, Loyola e Vozes, explicando sucintamente sobre esse pedido do Senhor. Confirmando a palavra recebida, as quatro editoras retornaram, mas não falaram nada sobre o financiamento.

Com a ajuda de Deus, decidi que começar a distribuí-lo com algumas pessoas conhecidas, cristãs, e no grupo de oração, seria um bom começo, já que a RCC nasce nos grupos de oração carismáticos. Cheguei a pedir orientação ao autor de um livro que eu tinha comprado. Ele retornou o meu contato, ficou de responder ao email (que era enorme...), mas não respondeu. Meu pai decidiu me apoiar financeiramente e resolvi tirar as cópias numa gráfica próxima do prédio onde moro. De início, imaginei que só começaria a escrever este livro quando retornasse a Maceió, mas o Espírito do Senhor me impulsionou para começar a escrevê-lo lá mesmo no Rio.

Quanto ao mestrado que havia tentado, não passei, voltei a Maceió para estudar para concursos, sempre esperando em Deus a graça de um emprego na minha área. Passei três anos fazendo concursos e colocando sempre isso em oração, de forma que muitos que intercederam por mim falaram que Deus já reservava algo para mim e de muita responsabilidade, o que possa confirmar hoje por ter recebido a oportunidade através de um concurso que fiz em Campo Alegre-AL e por estar trabalhando num Centro de Assistência Social - CRAS, lidando com políticas públicas e com pessoas de outras crenças, que é um desafio diário.

Retomando a caminhada em Maceió, servi no IV EEUR, em Palmeira dos Índios/AL, como gratidão a Deus por todo resgate e Amor que Ele tem tido para comigo. Porém, passado algum tempo comecei a ter confusões a respeito da minha vocação.

Passei a fazer caminho vocacional para a comunidade de aliança (Rosa Mística), só cheguei a participar do V EEUR, em Maceió-AL, e fui deixando os serviços do MUR, uma vez que estava com planos de conquistar logo meu tão sonhado emprego.

Pela amizade que sempre tive com o pessoal da comunidade e até aquele desejo (inconsciente) de ter "um sinal de consagração", acreditei que a comunidade era o chamado de Deus para mim. Fiz todo o caminho do discipulado, até que por algumas situações conflitantes que vivi na minha vida pessoal e vocacional, pedi um tempo de discernimento e saí da comunidade, desde janeiro/2011. É exatamente nesse tempo que tive a oportunidade de nas minhas orações, missas e encontros refletir sobre onde, em que momento pude experimentar O Amor de Deus, em que momento tive meu primeiro encontro pessoal com Jesus.

Assistindo a uma palestra do Pe. José Augusto (Canção Nova), a mais ou menos um mês atrás, é que percebi que meu chamado Deus havia feito no meu primeiro encontro pessoal com Ele e não tinha que duvidar mais nada. Senti no meu coração SAUDADES DO MINISTÉRIO UNIVERSIDADES RENOVADAS. Chegando próximo da data da III Feijoada do MUR, mês passado, minha amiga-irmã Cinthia ligou para saber como eu estava e me convidou para o ERUR-NE. Na hora confesso que resisti, mas guardei aquele convite no coração. Na véspera da feijoada, acabei decidindo ir e, quando eu pensava que só iria participar e rever o pessoal, Deus me impulsionou a voltar decididamente SERVINDO mesmo, na cantina, na cozinha, onde quer que precisassem. Passado este dia abençoado, Cinthia novamente me convida para o Retiro dos Servos do ERUR-NE (05/06) e, planejando-me só com poucos dias antes, resolvi ir e HOJE, no caso, tive a experiência do meu REENCONTRO VOCACIONAL, onde sem nada merecer, Deus esteve em mim e em todos do retiro de forma tão concreta, tão restauradora, que me fez perceber que essa é a hora de escrever meu testemunho para meus irmãos do MUR e que já não tem cabimento guardar tantas belas experiências com Deus só para mim. Que o ERUR-NE possa ser para tantos universitários e profissionais um canal de resgate, resgate da Aliança que Deus estabeleceu desde o ventre de suas mães até hoje, um grande derramamento do Seu Imenso Amor Misericordioso! E... só posso dizer: Eis-me aqui, Senhor!
 
Irmãos MUR, sem exceção, AMO DEMAISSSSSSSS VOCÊSS!
 
Abraço,
Fanny Gama
Psicóloga e Profissional do Reino