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Relatos GOPU/AL - Grupo de Oração Universitário

Bárbara Góes
“Sonho que se sonha só é apenas um sonho, sonho que se sonha junto tornar-se realidade”

Em 1998, voltando do Grupo de Oração da minha paróquia com uma amiga – Viviane Ventura – começou a partilhar de um Grupo de Oração que estava participando na Universidade.  Eu começava a me preparar para o vestibular e, à medida que íamos conversando, inquietava no meu coração que aquela era uma realidade posterior vivenciada por aqueles que estavam, como eu, preparando-se para o vestibular. Comecei a sonhar com a possibilidade da realização do Grupo de Oração no cursinho preparatório para o vestibular. Pouco tempo depois, essa minha amiga, foi para o ENUCC- Encontro Nacional de Universitários Católicos Carismáticos - e trouxe-me de presente uma cartilha do, então, PUR – Projeto Universidades Renovadas que contava o que precisava para a formação de um Grupo de Oração Universitário – GOU. Li rapidinho e ia confirmando, que aquela realidade, SIM, poderia, também, ser vivenciada nos cursinhos pré-vestibulares.

Prestei o vestibular e não passei. Minha realidade era, agora, num cursinho. Deus colocava a ousadia de, naquele lugar, procurar pessoas que, juntos, pudéssemos iniciar um Grupo de oração. Nos intervalos ficava atenta se tinha algum aluno usando crucifixo, camisa com estampa religiosa, coisa semelhante, e que deixasse  um sinal que poderia ser uma pessoa para iniciar o Grupo. Pouco tempo depois encontrei, no intervalo, dois alunos – Aline Daiane e Walter Suruagy – que estavam olhando um cartaz de um evento religioso; não perdi tempo e logo partilhei a idéia de iniciarmos, ali um grupo de oração. Os dois, de imediato, disseram que aceitavam; marcamos uma reunião onde definimos que iniciaríamos numa salinha – salinha que a psicóloga fazia o atendimento -, e que seria uma vez por semana. Cada um ficava responsável em convidar seus colegas de sala.

Para nossa surpresa, no dia do Grupo, a salinha ficou apertada. A partir daí, começou a mudança de local, o Grupo chegou a ser realizado na sala do diretor, que também ficou pequena, passamos pela sala dos professores, mas foi no Pátio que terminou sendo o local do Grupo.

Aos poucos o núcleo ia crescendo. Os que iam chegando fortaleciam e muito o grupo. Fazíamos intercessão e adoração eucarística semanalmente, após o término das aulas. Às 12h, subíamos uma “ladeirona” no horário do almoço, calor, mas erámos fiéis e lá estávamos todas as semanas para adoração. Ali era nossa fonte que nos sustentava para permanecermos firmes na evangelização, bem como na preparação para o vestibular. Éramos em torno de 8 pessoas. Seguindo a nomeclatura usada pelo GOU, batizamos o Grupo de GOPU – Grupo de Oração Pré-Universitário.

O grupo reunia, em média, 50 pessoas por encontro de 15 minutos semanais. Lembro-me que aprendemos a pedir a Deus o milagre do tempo, mas muitas eram as graças. Sempre erámos procurados para partilhar, erámos convidados para fazermos orações nas casas dos alunos. O diretor do Cursinho nos convidou para assumirmos, na Páscoa, um momente de reflexão sobre a data, onde preparamos uma apresentação em cada sala. No final do ano, o Cursinho promovia o Auto de Natal, em um dos maiores Teatros da cidade, e nos encarregou de apresentarmos uma peça que contasse o nascimento de Jesus. Passamos a ensaiar uma peça e, para nossa surpresa, emocionou a muitos. No aulão que antecedia o vestibular, realizávamos oração e promovíamos a celebração da missa, para mais de 7.000 alunos. Os testemunhos eram muitos, lembro-me de uma entevista prestada pela aluna que tirou a maior nota na redação do vestibular da Universidade Federal, o reporter perguntou como tinha sido a preparação para chegar aquele resultado e a sua resposta foi que, além de preparar em conhecimento, também se preparou espiritualmente participando do grupo de oração que tinha no cursinho. O êxito não consiste só no conhecimento, costumávamos dizer que 50% era conhecimento e 50% era preparar-se psicologicamente.

Formávamos uma verdadeira família, estávamos sempre reunidos, a vontade era de estar sempre perto um do outro. Deus selava em nós a amizade fraterna que permanece até hoje. Parafraseando Santa Catarina: “a amizade cuja a fonte é Deus, nunca se esgota”.

Espera no Senhor e sê forte. Fortifique o seu coração e espera no Senhor (cf Sl 26). Para nossa alegria quase todo o núcleo passou no vestibular - UFAL 2003. Chega, então, a nova geração para dar continuidade à missão, agora, na Universidade.  De fato, meus irmãos, é de perseverança que precisamos para cumprir a vontade de Deus e alcançar o que Ele prometeu (cf Hb 10, 35). Nada nos foi tirado, mas antes, em tudo, fomos agraciados pelo amor e misericórdia Divina.

Sou feliz por fazer parte dessa estória, por toda experiência que pude vivênciar, apesar do tempo que passei me preparando até à chegada da aprovação; em nada me arrependo. Aos meus amigos-irmãos, obrigada por poder entrar na vida de cada um de vocês – quantas partilhas – e vocês fazerem parte da minha. Amizade verdadeira. Motivo de honra e orgulho.

Que Deus nos conceda serenidade, fortaleza, sabedoria para continuarmos a caminhada, decididamente, na vida acadêmica, profissional e familiar.

Sinta o forte abraço em comemoração aos 15 anos de vitórias para o Céu.
Bárbara Maria Góes Martins Gonçalves
Advogada
Profissional do reino