Fabrícia Caldas |
Janeiro de 2003, ingresso na Faculdade de Alagoas – FAL, para cursar Administração, onde em meio a tantas realidades me sentia perdida mais ao mesmo tempo confortada por saber que foi Deus quem permitiu que eu estivesse ali. Deixar as atividades do meu grupo de oração na paróquia não foi nada fácil, mais Jesus sabia que podia contar comigo, para que, que naquele ambiente o seu nome fosse proclamado e conhecido. Procurava pessoas conhecidas e nosso Senhor me mostrou a Jaqueline, amiga com quem partilhei muitas coisas e em especial o mesmo desejo em nossos corações, de anunciar Jesus! Reuníamos-nos naquela capela simples olhando para aquele crucifixo e discernindo aquilo que o Senhor nos chamávamos a viver. Eu não tinha a dimensão do quanto aquelas orações, mais tarde, seriam de tamanhos frutos para nós. Givanildo (GIL) com seu carinho e amor de pastor nos apoiou em todos os momentos, em muitas vezes abdicando de momentos importantes de sua família para rezar conosco, para que, o primeiro Gou da FAL viesse a existir. Todas as quartas, eu, Jaqueline, Nelson e Gil nos reuníamos para rezarmos naquela capela toda aberta e visível para todos que passavam por ali, já que, era de frente a sala dos professores. Certa vez, fizeram uma reforma na sala dos professores e quebraram a parede para colocarem vidros, e em uma de nossas orações nunca me esqueci o que nosso Senhor colocou no coração do Gil: - Que aquelas paredes de vidro eram um pretexto de Deus para chegar mais próximos daqueles homens e mulheres que muitas vezes estão presos apenas a razão.
Depois de tantas escutas e orações chega o grande dia, o nosso GOU estava de fato se realizando naquele lugar, e uma das maiores lembranças que trago daquele dia foi saber que o Gil deixou de estar na missa de um ano de falecimento do seu pai, para estar conosco, pois ele sabia que aquele momento também era único e que Deus consolava através daquela oração o seu coração e o de sua mãe e seus familiares. (Gil, obrigada pela sua fé e por seu testemunho, por ter acreditado em mim e ter me levado para Maringá, onde naquele ENUC, foi o começo de tudo para minha história no MUR).
Foram muitas orações para chegarmos ao nome do nosso GOU, e por unanimidade o nome escolhido foi: ANUNCIAMOS JESUS!
Todas as terças o núcleo se reunia para rezar e todas as quartas às 19h30m era o nosso GOU, e muitas pessoas que passavam por ali achavam estranho mais ao mesmo tempo se rendiam a essa experiência do amor de Deus. Depois nosso Senhor enviou mais luquinhas para o nosso GOU, Léo, (homem de fé, nosso pregador que fazia aquela capela incendiar do Espírito Santo e mais tarde vir a ser meu padrinho de casamento), Edson (vindo de tão longe, São Miguel dos Campos e que ao ver um grupo rezando disse logo: É um GOU?! Estou dentro! Quanta alegria!), Francisca (nossa Chiquinha que com sua ternura trazia mais alegria as nossas orações), Edmo (naquela época, meu namorado e ministro de música enviado por Deus, para trazer mais fogo e unção! O quanto essa experiência serviu para nós e para o nosso casamento). E agradeço a nosso Senhor pela nossa querida amiga e amada professora: Eliana Bandeira (Band) que testemunhava junto conosco tamanho amor de Deus. Dentre tantas experiências vivenciadas, a maior de todas é que mesmo chegando alguns minutos atrasada na sala de aula após o GOU, sempre tive o respeito e reconhecimento de meus professores, pois eles sabiam que aqueles 20 minutos de oração eram importantes para mim e meus irmãos.
Dezembro de 2006 chega o momento de dizer, não adeus, mais até breve, saber que aquele caminho trilhado não foi em vão, mais foi o que me sustentou em meio a tantas dificuldades, quando não tinha o dinheiro para pagar a faculdade naquele mês, apenas me sustentava nas mãos do meu Senhor e do resto ele cuidava. Saber que não estaria com uma presença mais constante e de poder cantar a música que mais gostávamos e era o nosso hino: nanarana, nanarana, anunciamos Jesus!
Mais nosso Senhor nunca deixa de nos arranjar trabalho e depois de formada tinha os nossos encontros, os nossos seminários juntos com o nosso querido pastor Witamar (WITA), onde de uma forma ousada e alegre levamos a palavra do Senhor e o testemunho de sermos MUR. Wita, como o Gil, você sempre confiou em mim, no meu trabalho, na minha oração e sempre me deu toda a liberdade de agir da maneira que achasse melhor. Meu querido amigo, obrigada por todo amor de pastor e por confiar a mim a missão de coordenar o GPP, que foi outro presente de Deus por me mostrar que a nossa missão vai além, que não encerra quando terminamos a faculdade, mais que apenas está começando e nos educando a sermos grandes profissionais, profissionais do Reino de Deus. O GPP é um aprendizado maravilhoso e nos faz enxergar que todo aquele que exerce a sua profissão com amor graduado ou não é um profissional do Reino de Deus. Hoje quem cuida da linda missão do GPP, é o João Paulo (Johnny) que de uma forma dinâmica e autêntica tem feito deste serviço, um verdadeiro testemunho daqueles que querem exercer a sua profissão pautada no amor de Deus. João também nos ensinou a cada encontro a dizermos qual era a boa do dia, da semana... que idéia maravilhosa!Johnny, você também faz parte da minha história.
Só Deus é capaz de demonstrar tanto amor por seus filhos, pois uma prova do amor de Deus em minha vida foi ter conhecido o Ministério Universidades Renovadas e nesse caminho trilhado com tanto amor, nosso Senhor me levou de volta para o meu grupo de oração, GODES, onde hoje, estou como coordenadora e vivenciando todos os frutos colhidos no MUR e a cada semana a experiência de um novo Pentecostes, pois compreendi que mesmo tendo acabado a minha missão no meio acadêmico, não acabou a minha missão de ser GRUPO DE ORAÇÃO, EU PARTICIPO!!!
Por tudo que vivemos, obrigado, Senhor, por tudo que viveremos, sim, Senhor!!!
Fabrícia Caldas
Coordenadora emérita GPP-AL
Coordenadora emérita GPP-AL